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As alunas Bruna Strom Flores e Laura Dorneles explicaram como foram feitos todos os trabalhos do projeto “Desterritorialização da leitura e da escrita” - Crédito: Bruna Klassmann |
A tradicional leitura e escrita das palavras foi realizada de uma forma diferente na EMEF Adolfina J. M. Diefenthaler. Imagens, sons, passeios pelas ruas e histórias fizeram parte da rotina das crianças.Os alunos do 4º ano, que participaram do projeto “Desterritorialização da leitura e da escrita”, desenvolvido pela professora Roselaine Maria Klein, realizaram uma sequência de atividades envolvendo o tema e a interdisciplinaridade.
Para a aluna Luana Dorneles, de 9 anos, a tarefa que ela mais gostou foi o registro fotográfico pelo bairro São José, passando essa imagem para o papel, por meio de desenho com lápis de cor. “Tivemos que desenhar exatamente como os objetos estavam na foto, então não podíamos esquecer de nenhum detalhe”, comenta. A atividade teve como objetivo mostrar para os estudantes outra forma de leitura e escrita, a partir da linguagem fotográfica.
Todos os trabalhos desenvolvidos foram pensados a partir da dificuldade dos alunos na leitura e escrita formal. A professora relata que o projeto está ajudando as crianças a desenvolverem um olhar diferenciado. “Com as atividades eles puderam perceber que podem ler e passar uma mensagem através de outros tipos de linguagem. Isso está sendo muito importante para a autoestima e confiança deles”, comenta Roselaine.
Elas também realizaram outras atividades relacionadas ao tema. O livro “A palavra feia de Alberto”, foi o pontapé inicial do projeto. A história fala de um menino que diz palavrão e a mãe o manda lavar a boca com sabão, e depois trocar essas palavras feias, por bonitas. Com base na obra, a professora fez com que todas as palavras que não poderiam ser ditas pelas turmas, fossem queimadas numa fogueira. Para poder falar palavras bonitas, as crianças comeram um pouco de mel, para adoçar os seus vocabulários.
Em continuidade a essa tarefa, as turmas tiveram que escolher a palavra que eles mais gostaram, elegendo o amor. Com isso, os alunos fizeram a releitura de obras de Kandinsky, ouvindo Vivaldi. Como trabalho, os estudantes utilizaram as formas geométricas das obras do pintor como base para expressar o sentimento escolhido.
O projeto teve outros focos também, como estudar os filósofos que falaram sobre o amor e escrever palavras em inglês de algo que as crianças amavam, como cachorro, flores e entre outros. Esses trabalhos foram apresentados pelos próprios alunos durante a Feira Interna de Iniciação Cientifica e Tecnológica.
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